Pobre Congresso rico

O presidente do Senado, Renan Calheiros, e sua família, reclamam constrangidos de terem que comer em restaurantes todos os dias pela suspensão da licitação superfaturada para compra de mantimentos.
Para a situação chegar a este ponto, no entanto, foi necessário caprichar no descaso com o dinheiro público.
Os parlamentares brasileiros contam com mais recursos que seus pares mesmo dos países mais ricos do mundo.

A cada R$ 100,00 em riqueza produzida em bens e serviços no Brasil, R$ 0,19 vão para a manutenção do Senado e da Câmara dos Deputados, o que torna o país percentualmente mais caro comparado com outros 11 da América do Norte, do Sul e Europa pesquisados.

O levantamento, da ong Transparência Brasil, compara o orçamento de 2013 dos respectivos Congressos com o PIB de Alemanha, Portugal, Itália, França, Reino Unido, Espanha, Canadá, Estados Unidos, México, Chile e Argentina.

O empenho de 0,1933% do PIB brasileiro com as despesas de salários dos parlamentares e assessores, viagens, verbas de gabinetes, etc. é 23% maior que os gastos semelhantes da Argentina, a segunda colocada no ranking.

Os Estados Unidos, país que mais gasta nominalmente (em dólar) com o Congresso tem, na relação PIB/ orçamento do Congresso, despesa 83,4 % menor que a nossa: 0,03% do PIB.

Trocando em miúdos, o Congresso Nacional deverá chegar ao fim do ano gastando R$ 16.197,34 por minuto.
Os contribuintes brasileiros temos mais razões para estarmos constrangidos que o presidente do Senado.
 O estudo completo, com a comparação entre os países, pode ser acessado em http://www.excelencias.org.br/docs/custos%20do%20congresso%202013.pdf
 

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