O um e o outro


Muricy:  tensão na medida                                       Foto:SPFC
Dois homens em situação de embate estão com as carreiras atreladas uma a outra. Eles se conhecem há tempos, ambos são boleiros, têm experiência para entender que existem altos e baixos no correr da vida profissional.

 Um é mais velho, entende mais da vida, dos acontecimentos extracampo capazes de alterar o rendimento. O outro  vive este aprendizado.

Pressionados por objetivos e até há pouco ameaçados de rebaixamento, são colocados em lados opostos. Cabe a Muricy exigir, e o faz dizendo que Luis Fabiano tem que “querer mais”.

A cobrança pública soa genérica. Cabe na colocação apenas o que pode se ver nos jogos, ou algo que preferem manter intramuros, como uma lesão mal recuperada, problemas particulares, psicológicos, contratuais, de relações com o elenco e comportamento na vida privada.

Adepto do estilo Telê, de envolvimento com todas as facetas da vida dos jogadores, o técnico são-paulino é um dos mais adequados a recuperar o atacante.

O resultado deste trabalho pode determinar o futuro imediato dos dois.  Fred tem preferência, mas a camisa 9 da seleção na copa do Mundo não está definida.

Luis Fabiano: paz para se reencontrar                          Foto: Terra
 O cargo de técnico da seleção depois do Mundial também pode vagar.  Ainda que um apenas suscite dúvidas na CBF e outro volte a despontar como alternativa, só têm a ganhar.

Poupado da última rodada do brasileirão, Luis Fabiano teve escalação anunciada para a partida contra o Nacional de Medellín,  nas quartas de final da Copa Sul-Americana. Partida fora de casa, com vantagem do empate.

Muricy não joga responsabilidade sobre o jogador, lhe despeja confiança.

A tensão entre os dois é positiva, e não, sinal de crise. 

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