O caminho da bolada

A Transparência Brasil, órgão não-governamental de combate à corrupção, iluminou o caminho por onde passa o superfaturamento nas licitações públicas. 
Avaliando o caso Siemens, descortinou a manobra na formação de preços de referência de obras e equipamentos.
O diretor-executivo da ong, Claudio Weber Abramo, foi claro e didático:

"Os procedimentos adotados pelas duas empresas públicas mencionadas na denúncia de operação de cartel na área metro-ferroviária -- Companhia do Metropolitano de São Paulo e Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) -- abriam e continuam a abrir sérias vulnerabilidades à integridade das licitações por elas conduzidas.
Até hoje as duas companhias balizam os preços de referência para suas licitações por mecanismos que incluem a consulta a empresas fornecedoras que atuam no setor. Como essas empresas são as mesmas que participam das licitações, o resultado é que, nesse particular, o poder público fica à mercê da vontade das empresas."
 
A citação é parte resumida da conclusão de um estudo feito em setembro e divulgado esta semana.
O trabalho considera ainda a CPTM desorganizada no trato aos registros dos levantamentos de preços praticados no mercado usados na confecção da licitação.
Neste caso específico, segundo a Transparência Brasil, como são poucas as empresas que atuam no setor em todo o mundo, uma das formas de combater o superfaturamento é levantar os preços praticados pelas mesmas empresas no exterior. Simples assim...

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