Quatro 10 e 2 zeros

Tem-se a Colômbia como Brasil na Copa do mundo.  Mais justo é tê-la como Brasil e Argentina na copa do mundo. É o lado de cá do rio Paraná no futebol solto, ofensivo e alegre. Do lado de lá, na coesão e responsabilidade estratégica, a mão do técnico José Pékerman.


Se cumprir a promessa de jogar sem medo, vai exigir muito do meio de campo do Brasil, tanto marcação do setor quanto na cobertura dos laterais. Ela é forte pelos lados, onde a seleção de Felipão é mais fraca.  Os meias terão que correr bem mais do que fizeram até agora para não sobrecarregar os volantes. Paulinho, no retorno anunciado, não terá facilidade para avançar e repetir a boa atuação esperada desde a Copa das Confederações.
10 colombiano
Por outro lado, deixará o Brasil mais livre para jogar. É a partida da Copa para Neymar e cia.  Jogo para manter o centroavante entre os zagueiros. Entre as opções, Fred é a melhor.


Em caso de jogo aberto, o futebol sul-americano mostrará ao mundo sua outra face, mais bonita e espetacular, no duelo entre os camisas 10.

James Rodríguez deverá fazer uma das inesquecíveis partidas da carreira, perdendo ou ganhando, pois enfrentará o pentacampeão mundial em fase inédita para o futebol colombiano em copas.
10 brasileiro

Ele é o diamante de uma coroa bem desenhada e forjada.  Plástico e eficiente, brilha na ponta final de tramas bem armadas. Diferentemente dos outros 10 do continente ainda no torneio, é parte de um coletivo, não tem a equipe jogando em sua função. Seria capaz de ceder o estrelato desta partida para Cuadrado, atacante talentoso que atua pelo flanco direito, o ponto fraco adversário.

10 argentino
Neymar tem o grupo à disposição. A seleção depende dele. Tem a missão de carregar o país à final.  Embora vice-artilheiro da Copa e determinante nos resultados da primeira fase, é inconstante e não lidera.  Tem contra a Colômbia forte motivação pessoal para se apresentar melhor.

10 belga
 
Nem que seja para superar Messi, decisivo e decepcionante nas pequenas participações nos jogos até aqui.  Proporcionalmente, causa tanta frustração quanto o 10 belga que enfrentará. Hazard vinha sendo tratado como o condutor da seleção que deveria espantar o mundo nesta Copa, mas tem se exibido apenas como mais um.

Dois destes quatro voltarão para casa mais vazios que a maioria dos atletas que veio ao Brasil.

Postar um comentário

0 Comentários