Campanha à italiana



De ilusão a conta-gotas o Brasil avança.  A marcação individual na saída de bola funcionou bem, a equipe dominou a partida nos primeiros 30 minutos. Os espaços no meio do campo foram sanados com maior movimentação de Fred e Oscar. Maicon ocupou a lateral como se deve.

O ataque, no entanto, marcou presença apenas com Hulk. Os últimos passes foram ruins, Fred não recebeu sequer uma bola na posição de arremate. A estrela do time foi muito mal o jogo inteiro. Neymar poderia ter saído pouco antes da contusão. Voltaria mais mordido contra a Alemanha. Parece lhe estar faltando apetite. Ele não decide uma partida quando quer, como acredita que pode. Falta esforço.

O recuo com as substituições lembrou o estilo Felipão com Portugal na Copa de 2006. Muito sufoco, vitórias apertadas até a desclassificação.

Os gols saíram de bola parada, marcados por zagueiros. Nada disso importa quando é mata-mata em Copa do Mundo, vale seguir no torneio. Ainda que a vitória tenha sido sobre a melhor seleção da Copa, porém, não criou segurança para o confronto com a Alemanha.  O consolo é a conquista de quatro títulos pela Itália jogando sempre sob a desconfiança da torcida e dos adversários.

Teremos nova e grande emoção sem muito tempo para respirar. Será na terça-feira, no Mineirão.  Não há mais o que inventar. Mas dá pra conversar e combinar a alternância da marcação feita por pressão durante os 90 minutos. Deixar cair o rendimento ao longo do tempo é favorecer os alemães, que têm batido os oponentes nos últimos minutos.

Que Neymar consiga se recuperar da joelhada na coluna. Que a arbitragem seja mais competente que a de Carlos Velasco, de erros crassos e frouxa.

E, de gota em gota, curtamos a Copa até o final!

Atualização: A comissão técnica da Seleção Brasileira informou que exames iniciais confirmaram uma fratura na vértebra de Neymar com a pancada desleal dada por Zuniga. Não tem possibilidade de se recuperar para a Copa.

 

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