Salvaram-se todos


Aécio na bancada do JN
A primeira entrevista ao vivo no principal telejornal nacional com os candidatos à Presidência da República deixou muita gente satisfeita. Na maioria, antitucanos, mas houve também a claque animada com o desempenho do candidato preferido.  

As comemorações de um lado a outro se basearam no clima da entrevista. A quase aspereza dos entrevistadores deu tom ácido e desconfortável às perguntas.  A começar sobre o que mudar e como mudar se o candidato tucano prometia manter as conquistas sociais do governo petista.  Sobre o primeiro ataque de campanha, o aeroporto construído no quintal da fazenda da família, as interpelações eram inescapáveis.

Aécio não é um ás das entrevistas. Não inspirou contundência ou credibilidade, mas saiu da prensa com as respostas já publicadas.  Não houve informações o bastante para derrubar ou permitir a explicação do candidato, nem algum fato novo que pudesse ser posto na mesa, nem denúncias antigas ainda em segundo plano na imprensa. Foi um show.

 O eleitor médio, de qualquer dos lados, sentiu-se representado diante da superficialidade dos questionamentos, mesmo levando em consideração as características do programa e o tempo disponível.  

A emissora, rotulada de omissa desde há muito nestes momentos, lustrou a imagem.

Salvaram-se todos.

 

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