A decisão em primeiro turno


Dilma com 38,1%, Marina com 33,5% e Aécio, 14,7% na escolha estimulada.  O quadro parece em acomodação, mas traz mais movimento ao processo eleitoral.
O programa eleitoral melhorou a imagem de Dilma Rousseff. Segundo pesquisa CNT/MDA, sua aprovação pessoal  subiu cinco pontos percentuais, para 52,4%, contra desaprovação em 42,9%.  O desempenho do governo também oscilou para melhor, com 39% de avaliação positiva, 37%, de regular, e 23%, negativa, esta última em queda de cinco pontos percentuais.  O objetivo proposto pela campanha, usar o horário eleitoral para divulgar realizações do governo, se não se mostrou de início avassalador como a diferença de tempo entre os candidatos, tem funcionado.

Chama a atenção o interesse da população para a eleição. 49,6% se dizem pouco ou nada interessados. Quando estiverem, na reta final, tendem decidir entre os dois mais próximos de uma vitória. O desafio de Dilma será colar a avaliação positiva do governo, em ascensão, à candidatura. O maior obstáculo é responder ao anseio de mudanças. Os arranjos políticos que a favorecem com o tempo de TV são a base das críticas dos adversários e da desconfiança do eleitor, realimentados pela exploração do suposto vazamento da Petrobras.  Mais de dois terços dos pesquisados querem muitas ou total mudança na maneira de governar. É exatamente o potencial de votos em Marina apontado na pesquisa: 66,2% entre os que conhecem os candidatos.  

O retrato produzido entre os dias 5 e 7 de setembro não elimina totalmente a possibilidade de definição em primeiro turno, dada a vantagem de Dilma, em primeiro lugar, e o potencial de Marina, em segundo.  Se esta possibilidade se clarear para a maioria da população, Aécio corre o risco de uma votação vexatória.

Um fator altamente traiçoeiro para ambas é o alto número dos que acreditam na vitória de Dilma, 49%. A certeza tem por hábito relaxar a convicção do voto e a militância pelo candidato favorito.

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