As propostas surgem mais claras, com
as devidas réplicas e questionamentos.
Como serão implementadas e de onde virão os recursos acompanham sem dó
toda promessa.
Parece óbvio, mas o mais comum era apostar na frase de efeito,
na ironia e no gesto capazes de cooptar o espectador pela emoção. Ainda é pouco, mas foi um avanço.
Nesse novo patamar
Dilma Rousseff tomou dianteira.
Finalmente encontrou costura melhor no discurso para tentar convencer o
eleitor de que a continuidade pode trazer a mudança desejada. Acertou o tom na desconstrução de Marina, colocando-se
mais experiente e assumindo indiretamente que nem tudo foi assim, tão bom, em
sua administração.
Termina empurrando o
debate às questões mais úteis sobre a veracidade e a viabilidade de projetos, com dados sólidos na defesa e no ataque. Entrega-os à sociedade para averiguação. A próxima pesquisa já deverá indicar como foi entendida.
A candidata pelo PSB procura mais firmeza e fundamentos nos argumentos, apanhado que tem por seu tom generalista de boa vontade. Falta afinação. Os adversários
mantiveram espaço para a pior leitura de suas falas, como é do jogo. Não bastassem as barbeiragens na divulgação e
correção dos pontos relativos à causa gay e fontes de energia nuclear, foi
encurralada sobre que destino teria a Petrobras em seu governo.
A alteração no nível pede no conteúdo a Marina assertiva da
forma, o que significa mudar a postura que a trouxe até a possibilidade real de
avançar ao segundo turno. Tem certa
folga para se reposicionar enquanto Aécio Neves seguir na estratégia que não
vingou.
Críticas à macroeconomia não seduziram o eleitor. Falar em
queda de PIB quando a inflação está no supermercado e o emprego mantido, não
colou. Rifado por correligionários e
desacreditado até pelo coordenador da campanha, o senador do DEM Agripino Maia,
Aécio não apenas descamba para o nanismo. Se inviabiliza como alternativa
para o futuro, arrastando com ele o que resta da consistência do PSDB.
Sua afirmação como líder para além das divisas mineiras passa pelo
redirecionamento da artilharia. Mirando somente Dilma, não terá de volta os
pontos perdidos para Marina. Na condição de candidato auxiliar do marinismo, é ineficiente.
0 Comentários