Contra a maré


Os candidatos corresponderam à expectativa no debate transmitido pelo  SBT. Como haviam assinalado no debate anterior, seguiram na linha acusatória e aumentaram o tom. Apostam na decisão do eleitor por exclusão, como vimos em “Definido o pior, falta o melhor” , publicado neste blog.
Aécio comprou a proposta desconstrutiva de Dilma. Apresentou-se com o propósito claro de inverter crescimento de 3 pontos percentuais no índice de rejeição apontado nas últimas pesquisas. Jogando no campo da adversária, ainda que ela não tenha uma boa performance no vídeo, esteve mais segura que no primeiro confronto do segundo turno.

Antes acuada pelas denúncias de maracutaias na Petrobras, ganhou fôlego entrando no terreno das improbidades e ilegitimidades do tucano. Venceu a segunda batalha no ringue, mas, outra vez, não significa que conquistará votos entre os indecisos.
Outra variante pode alterar os números em nova pesquisa: como o simpatizante de Aécio avaliará a postura mais agressiva que adotou.

O eleitorado tornou esta a eleição presidencial mais disputada desde a primeira pós-redemocratização, por intolerância a todo tipo de má ingerência da máquina pública, além de buscar lideranças nos três poderes mais afinados com o cidadão comum.  O debate no SBT, em sentido contrário, banalizou a corrupção, os desmandos e a impunidade de autoridades.
Aécio confessou que dirige com carteira de habilitação vencida. Dilma, diante do indício de tráfico de influência, negou nepotismo.
Comumente avessa à ataques agressivos, a população viu mais um motivo para não se sentir representada.  
 Os candidatos remam contra a maré.
 

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