Ferida aberta


Política

O PSDB insufla seus simpatizantes a participarem da manifestação no dia 15, mas não defende publicamente o impeachment. O presidente do partido, Aécio Neves, anunciou que não participará, mas, dependendo do calor do momento.... 

 Mais exaltado, porém, não menos precavido, o senador paulista Aloysio Nunes afirmou que irá sem símbolos tucanos.

 A indignação geral com as denúncias em torno da Petrobrás direcionaria a pressão das ruas para os poderes Judiciário e Legislativo. Ao governo caberiam bordões relativos aos ajustes econômicos. 

A tese do impeachment, sem sustentação legal com base no que se sabe até agora sobre os desvios na petroleira, foi incorporado erroneamente no discurso da Presidenta. Chamou para si um debate rasteiro que não lhe cabe participar.

Parece pautada pelas redes sociais, onde o tema é tratado com bate-bocas sobre golpismo midiático. Se o Planalto crê na tese, não deveria oferecer de bandeja flagrantes de vaias. Disseminados, dirigem o comportamento de manada para a rejeição.

A parcela conservadora das grandes cidades, mais notadamente a paulistana, tem discursado com ódio, mas não é tão significativa quanto faz crer quem a apoia.  O caldo só engrossa com a adesão dos que antes protestaram “contra tudo o que está aí”, incluindo todos os partidos, instituições e serviços.

Enquanto a oposição acerta na tática cautelosa, Dilma se oferece ao sangramento. 

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