Em 2004 o planeta exalava riqueza com excesso de liquidez e
o aumento do consumo de commodities, especialmente em função da chegada da
China ao mercado global.
Sabe-se, o tempo é bem outro, mas a agência americana
de classificação de risco Fitch dá a receita para o revival: desvalorização
ainda maior do real.
Segundo a agência, o ideal para os exportadores é o dólar a
R$3,75.
O contexto agora pede criatividade e novas tecnologias das
empresas.
O modelo corte de custos e demissões vem sendo suplantado por ideias
sustentáveis e socialmente responsáveis. Aquém do desejado, a infraestrutura
nacional avança.
A indústria nacional segue dependente da taxa de câmbio.
A redolarização da
economia é lenha na inflação e pau na distribuição de renda e poder de consumo.
A excessiva subida do dólar destrói o mercado interno consumidor, a mais preciosa
das conquistas econômicas no período já achacada nas gôndolas e nas tarifas
públicas e privadas.
Apesar de compor o grupo de agências questionado por não
prever a crise econômica de 2008, a Fitch não só mantém a credibilidade junto a
fundos de investimento mais conservadores, também baliza a especulação.
No que depender dela, o
mercado, há muito em queda de braço com o governo em relação ao câmbio, ganhou
um reforço nada desprezível.
Na prática, o texto funciona como rebaixamento no chamado
grau de investimento do país ( no mês passado, a agência rebaixou a Petrobras). Indica ao capital estrangeiro inviabilidade de
investimentos na produção e boa oportunidade para especulação de curto prazo. Decreta
o teto para o dólar no Brasil.
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