Meio ambiente

Escolherá
entre a cinza, para lixo orgânico, e a verde, para recicláveis. O custo
sugerido do novo produto oferecido pelos supermercados é de R$0,08 no país que
não fabrica moedas de R$0,01.
Caso opte pela verde,
o usuário residencial que usá-la para descarte do lixo orgânico será advertido
e poderá ser multado entre R$50,00 e R$500,00. O comerciante, a multas entre R$ 500,00 e R$2
milhões. Mais uma tarefa para os fiscais municipais, já tão ocupados em
responder as acusações de concussão e desvios.
Efeito zero
A medida fantasiada de responsabilidade ambiental é um
embuste e passa o carro na frente dos bois.

Apenas 2,5% do total recolhido segue o caminho da reciclagem. Ou seja, quase
todo o lixo que a população separa termina misturado nos aterros por falta de
estrutura.
A produção de sacolas biodegradáveis, como a de milho, pode consumir mais
energia e emitir mais poluentes que as sacolas convencionais, demonstraram estudos já publicados neste blog.
O prefeito Fernando Haddad retomou o assunto ouvindo também os fabricantes das sacolas atuais,contrários às modificações. Resultou na lei municipal não especificar o material. Exige que tanto a verde quanto a cinza devem ser ao menos 51% compostas de material de fonte renovável e tecnologia sustentável.
A novidade deixa o humor de cada um decidir se isso é meio bom ou meio ruim.
Efeito contrário
Grupos ligados à defesa do consumidor contestam a Lei Municipal 15.374, regulamentada em janeiro após de disputa judicial. A briga é antiga, desde 2007, com cara nova.
Em 2011, o governo estadual paulista quis simplesmente extinguir as sacolinhas e permitir a venda de sacolas biodegradáveis e reutilizáveis. O golpe explicitado levou o Procon a exigir dos comerciantes alternativas gratuitas. O Ministério Público entrou no assunto e o desgaste à imagem dos supermercados ajudou a retroceder nas mudanças.
A prefeitura não obriga o uso das novas sacolinhas no descarte. O paulistano estará livre de multa utilizando os sacos
próprios para lixo disponíveis no mercado e juntar nele todo tipo de material.
Se só a ele cabe pagar a conta, é justo que possa escolher a saída menos
dispendiosa. Não há argumento para convencê-lo a gastar mais sequer por
correção de comportamento.