Novas sessões no Legislativo, apenas em agosto. Deputados e senadores saem de férias durante
um dos picos da crise política e econômica. Férias!
A Constituição não
permite o recesso antes da aprovação da Lei de Diretrizes orçamentárias. Mas as duas Casas aprovaram requerimentos com
jeitinho.
Largam o Executivo com os chicotes fiscais na mão, carente de
urgência em nos açoitar sob pena de perda do grau de investimento.
Não bastasse a aflição econômica, fica à Presidenta a missão
de refrescar o sufocante clima “ toco
cru pegando fogo” alastrado país afora. Logo ela, que dentre as eminências é a
de menor vocação para a liderança política.
Na seleção eleitoral não há sequer um Neymar. A porção incendiária dos girondinos emplumados
rosnou, agrediu, fez sangrar. Agora, encolhe o rabo e faz cara de paisagem,
como se pudesse escapar de um terremoto.
O extremo dá a dimensão
da aridez desta geração de políticos, sem alguém para perguntar: Se Eduardo
Cunha afirma que o rompimento com o governo é em nível pessoal, como pode
continuar no PMDB, legenda oficialmente aliada e, consequentemente, continuar
na Presidência da Câmara?
A tradição no Congresso, atropelada pelo próprio Cunha,
chama o PT às falas. A bancada, no entanto, revelou há tempos não ter um líder
Genoíno, um outro homem pra chamar Dirceu.
Não, infame é a realidade.