Futebol
Um título conquistado, quando de maneira justa, não importa como
foi, especialmente ao torcedor apaixonado. Palmeiras é tricampeão da Copa do Brasil e
ponto final.

Mas a condição ruim foi igual para todos, injustiça não
houve.
O jogo animado, veloz e de muitas oportunidades de gol,
empolgou. Bom, no entanto, não foi. Bonito, menos ainda. Para quem não entende
como alguém pode gostar de outrem que não se enquadre nos padrões de beleza, a
partida foi didática.
Quem sabe por ser da
casa, conhecendo bem o gramado, o campeão tenha preferido o jogo aéreo. Só algo
assim para tentar entender por que a equipe segue na estratégia do chutão da
defesa ao ataque. Nem nervosismo de final justifica, pois é prática recorrente
do time, a ponto de sequer tirar proveito dos clarões entre os setores da equipe
santista.
A preocupação do treinador adversário, Dorival Jr., com a penetração pelo meio foi
tomada com rigor tal que a primeira linha titubeava em avançar. Funcionou,
mas os flancos se mantiveram vulneráveis.
Lucas Lima e Gabriel, trocado por Geuvânio, teriam que armar como em
suas melhores atuações para compensar. Ricardo Oliveira fez o que deu; guardou
quando a defesa alviverde deixou poucos centímetros desguarnecidos na área.
A decisão por pênaltis tornou Fernando Prass o herói do jogo.
A campanha do time indica que este foi só o aperitivo para o goleiro na
Libertadores. Não importa, meteu a segunda Copa do Brasil no currículo.
Marcelo Oliveira finalmente levantou o caneco; isso sim
importa. Com o fio da navalha da torcida na jugular, mas levantou. Fez o
Palmeiras grande de novo. O que mais importa?