Campeão, e daí?

Futebol

Um título conquistado, quando de maneira justa, não importa como foi, especialmente ao torcedor apaixonado.  Palmeiras é tricampeão da Copa do Brasil e ponto final. 

Tá, se o gramado não fosse não fosse péssimo a ponto de matar jogadas e levar Marquinhos Gabriel ao escorregão na cobrança do primeiro pênalti, quem sabe...
 Mas a condição ruim foi igual para todos, injustiça não houve.

O jogo animado, veloz e de muitas oportunidades de gol, empolgou. Bom, no entanto, não foi. Bonito, menos ainda. Para quem não entende como alguém pode gostar de outrem que não se enquadre nos padrões de beleza, a partida foi didática.

 Quem sabe por ser da casa, conhecendo bem o gramado, o campeão tenha preferido o jogo aéreo. Só algo assim para tentar entender por que a equipe segue na estratégia do chutão da defesa ao ataque. Nem nervosismo de final justifica, pois é prática recorrente do time, a ponto de sequer tirar proveito dos clarões entre os setores da equipe santista.

A preocupação do treinador adversário, Dorival Jr., com a penetração pelo meio foi tomada com rigor tal que a primeira linha titubeava em avançar. Funcionou, mas os flancos se mantiveram vulneráveis.  Lucas Lima e Gabriel, trocado por Geuvânio, teriam que armar como em suas melhores atuações para compensar. Ricardo Oliveira fez o que deu; guardou quando a defesa alviverde deixou poucos centímetros desguarnecidos na área.

A decisão por pênaltis tornou Fernando Prass o herói do jogo. A campanha do time indica que este foi só o aperitivo para o goleiro na Libertadores. Não importa, meteu a segunda Copa do Brasil no currículo.

Marcelo Oliveira finalmente levantou o caneco; isso sim importa. Com o fio da navalha da torcida na jugular, mas levantou. Fez o Palmeiras grande de novo. O que mais importa?