Primeiro passo



O primeiro passo concreto do golpe está dado.

 A direita está nas ruas, amparada pela Fiesp na av. Paulista. Enfrenta os sindicalistas em frente à casa de Lula, em São Bernardo. Os evangélicos desembarcam do poder. A Globonews passa em looping a divulgação do telefonema de Dilma a Lula, enquanto a estadual TV Cultura defende a legalidade da escuta sacando parecer favorável de um juiz aposentado do Superior Tribunal Militar.

 Da invasão à sede do sindicato dos metalúrgicos em Diadema pela PM, no último fim de semana, à estrutura montada na Paulista, os passos seguem a sincronia de um plano pré-elaborado.

 A esquerda surpreendida, entrincheirada na PUC e na porta do ex-presidente, espera uma palavra do líder. Lula está encurralado. Nomeado ministro, encabeçar a reação é a senha para uma intervenção no governo. 
O juiz Sérgio Moro escancarou a porta da inconstitucionalidade, já cumpriu o que dele se esperava. Aécio Neves também. 

Suspeitos, o silêncio do tucanato paulista e o entusiasmo dos Democratas.