Quem habilita a seleção?


O árbitro uruguaio Andrés Cunha levou cerca de 4 minutos para validar o gol de mão marcado pelo peruano Ruidíaz. Com quem o conjunto da arbitragem conversou pelo sistema de comunicação para decidir? 

A velha cartolagem nacional talvez saiba descrever com detalhes o que ocorreu, embora afastada da Copa América Centenário por prisão, temor ou acordo com a organização do torneio.

 As raposas do futebol nas Américas, estivessem ainda no comando, não teriam dúvidas de que o melhor negócio seria manter o Brasil. Business is business, e, não tendo o bandeira corrido para o meio de campo, a conversa morreria ali em benefício – justo, no caso – da marca mais valiosa. 

O tempo da supremacia da seleção brasileira, mesmo em maus momentos, parece ter terminado. Amargou má organização na logística e suspeita de que agora há favorecimento às seleções do norte.
 Os esportistas, no entanto, não têm a ver com os dirigentes, os brasileiros não fizeram sua parte.  Perderam para o Peru por 1 X 0. Com o gol ilegítimo anulado, 0 X 0. O Brasil é isso, um time comum, não é de hoje. 

 No comando da posse de bola, faltou quem chamasse a responsabilidade e improvisasse, provocando desarranjo na marcação peruana. As finalizações também foram sofríveis.  Neymar, nessa partida, poderia dado outro resultado ao jogo, mas, sozinho, já vimos que não garantiria a chegada à final. 

A seleção mostrou um pouco mais de entrosamento, apenas. Quando o Peru tomou a iniciativa de avançar, Guerrero e cia. armaram um salseiro pelo lado direito da defesa, outra vez. 

A troca de técnico alteraria o destino sombrio da desclassificação para a Copa 2018? Não parece. Individualmente, a seleção não tem talentos. Os melhores não confirmam a superioridade, coincidentemente ou não, depois que partem para os gramados europeus. Os que por lá vingam, não têm a mesma performance na seleção. 

Restam duas possibilidades cínicas: resgatar os dirigentes encrencados com a justiça, ou reter os novos talentos no Brasil. As duas exigem muito dólar e euro. Quem se habilitaria? 

A saída viável, de novo se revela, é recomeçar, não tem remendo. E com poucos recursos e baixa perspectiva, pois a decadência implica ainda na queda de valor da grife seleção brasileira. 
Quem se habilita?