HEIL!

Jo Cox

Deputada do Partido Trabalhista britânico é assassinada na Inglaterra. A extrema direita é a principal suspeita.  

"Reino Unido primeiro!", teria gritado o homem que, segundo a polícia, participou do assassinato da deputada Jo Cox. A frase é o grito de guerra da extrema direita britânica. A deputada, militante das causas humanitárias, é contra a saída da GB da União Europeia. 

O chamado "Brexit", motivo de plebiscito no próximo dia 23, é fortalecido principalmente por xenófobos, para os quais a saída da UE permitiria fechar o país aos imigrantes. 

Cox foi morta a tiros e facadas.  Tinha 42 anos, era casada e mãe de dois filhos.  A campanha em função do plebiscito foi suspensa hoje por causa do assassinato.  

O primeiro-ministro David Cameron emitiu seu pesar via redes sociais. 

Este foi o primeiro ato violento ligado à xenelasia e xenofobia que encorpam na Europa com a onda migratória causada pelos conflitos no Oriente e na África, crise econômica e o risco de esfacelamento da Comunidade Econômica Europeia por causa dos efeitos da mesma crise em alguns países da UE, como Grécia e Irlanda.

Para os defensores do Brexit, a ruptura impediria que o enfraquecimento do Euro contamine a tradicional e ainda circulante moeda local, a libra. O argumento mais forte, no entanto, é permitir que que a Grã-Bretanha crie suas próprias regras - mais rígidas - de controle de imigrantes. 

 O movimento contra o Brexit é liderado pelo Partido Trabalhista, oposição a David Cameron.
O primeiro-ministro do Partido Conservador também é contrário à saída do país da UE, bem como os grandes grupos financeiros, para os quais o rompimento significaria mais dificuldades para o comércio e tráfego de dinheiro entre a ilha e o continente europeu. 

As duas principais forças políticas e as elites econômicas, no entanto, não se sobrepõem à maioria da população, especialmente os mais velhos.
As pesquisas de opinião pública divulgadas hoje (16/06) dão vantagem de seis pontos para a proposta apoiada pela extrema direita. Entre 52 e 53% dos que formaram opinião são a favor da saída, contra 47 a 48% decididos pela permanência da GB na União Europeia.