A olimpíada no Rio acabou. Em menos de 30 dias começam os
jogos olímpicos. Espero que tenhamos melhor sorte.
A olimpíada são os negócios e sua organização. O grande
evento gerador de oportunidades de incremento da economia direta e
indiretamente e de projeção política do país e da cidade sede. É também a
justificativa para repensar e modernizar os equipamentos públicos e privados. Todo
este esforço termina quando chegam os atletas e visitantes.

A rigor, na olimpíada do Rio não levamos uma mísera medalha.
O país abalroado pelo golpe político teve a realidade aumentada no exterior com
o evento. Se permitiu o aprofundamento
dos fatos no estrangeiro, desconstruiu a imagem de país democrático.
A marca da olimpíada no Rio seria a recuperação do meio
ambiente. Nem a Lagoa Rodrigues de Freitas foi salva. Não bastasse, a
infraestrutura consumiu parte das reservas naturais urbanas, coisa que
praticamente só o Rio entre as metrópoles tem, ou tinha. O ouro ficou com
Londres 2012 e seus projetos sustentáveis.
As obras nacionais, dependuradas nos recursos públicos e superfaturadas,
atrasaram e as empreiteiras tiveram contas bloqueadas. O Estado quebrou. Menos
mal que o ouro na modalidade fique com Atenas 2004.
Além da violência e da criminalidade ascendentes, o medo da
zika reduziu a expectativa do número de visitantes. A Embratur, que até dois
anos atrás falava em um milhão de turistas, anunciou em Los Angeles, no fim de
junho, esperar ao menos 350 mil, graças a isenção de vistos para Canadá, Austrália,
Estados Unidos e Japão. Segundo apuração da BBC, cerca de 30% dos ingressos
ainda não foram vendidos.
Ainda bem que temos bons atletas.