Política
O cancelamento dos voos internacionais por causa da pandemia
do Covid-19 e a indefinição do Ministério das Relações Exteriores angustiam
turistas e moradores brasileiros no sudeste asiático. A maioria foi pega de surpresa com a
suspensão do tráfego aéreo na região no dia 25 de março. Sem a possibilidade de
remarcarem ou comprarem novos bilhetes, centenas de pessoas dependem de uma
operação governamental de resgate, considerada pela embaixada brasileira em
Bangkok, capital da Tailândia, como não prioritária.
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À esquerda, Ana Petersen, embaixadora do Brasil em Bangkok ( Foto;Facebook) |
Entre os revoltados com a burocracia e a inanição governamentais
estão sete mulheres da cidade mineira de Juiz de Fora. As amigas foram para a
Tailândia em 19 de março para um curso de imersão e meditação. Tinham passagem
de volta marcada para o dia 27, mas o fechamento das rotas obrigou-as
permanecer na capital, Bangkok, onde alugaram uma casa.
Segundo a embaixada do Brasil em Bangkok, não há previsão de
data para a repatriação dos retidos na Tailândia, Laos e Camboja. Em nota
oficial divulgada na última terça-feira, (31/03), a embaixada diz que não há previsão de data
para a repatriação. A nota pede que os
brasileiros que estejam no interior da Tailândia, no Laos e no Camboja vão para
a capital da Tailandesa, porque a operação de repatriação não prevê escalas. Os
países estão em regime de isolamento social. Só na Tailândia, de acordo com a
embaixada, 169 brasileiros esperam o voo de volta ao Brasil.
Em pronunciamento oficial na noite de terça-feira (31/03), o
Presidente Jair Bolsonaro citou entre as medidas tomadas de combate ao Covid-19
o resgate de brasileiros na China. A
operação da FAB em Wuhan, no início de fevereiro, no entanto, aconteceu
depois da condenação pública às declarações de Bolsonaro contrárias à
repatriação.
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