Novo eixo

Política


Abaixo da linha d’água do embate Mandetta – Bolsonaro, outra luta teve o round definido. 
O ministro da Economia, Paulo Guedes, sai das cordas após golpes atordoantes desferidos pelo parlamento, comandado pelo deputado Rodrigo Maia, do mesmo DEM do ex-ministro da Saúde.

Teich, lê-se Taich
Nelson Teich, oncologista conceituado em seu meio, integrou com o núcleo econômico o bunker da candidatura do presidente eleito. Também empresário do setor de saúde, foi preterido no início do mandato em razão do apoio parlamentar que se esfarelou.

Ao declarar manutenção do viés científico que norteou seu antecessor, o recém-nomeado defendeu maior precisão no levantamento de dados que possibilitem novas orientações de combate ao Covid-19, sem, no entanto, apresentar um plano solucionando a falta de equipamentos e de estrutura para ampliação de testes na população. Dizendo-se em estreito alinhamento com o mandatário, não é preciso esforço para entender que o afrouxamento do isolamento horizontal é parte do plano.

A modificação da estratégia de enfrentamento ao coronavírus atende não apenas a Guedes, mas também aos militares do Palácio do Planalto, para os quais o isolamento por longo período poderia levar a  convulsões sociais.
A agro-ministra, de laço nas mãos

Embora os assessores generais e os ministros da Saúde e da Economia deem ao governo mais bossa carioca, não significa que Bolsonaro tenha escapado do emparedamento por ele mesmo ceivado com tantas confusões. A real familiaridade com o novo ministro o presidente revelou durante entrevista pouco depois do anúncio, quando chamou Nelson de doutor Rubens. 

O elo entre as propostas neoliberais e o nacionalismo militar tem sido o vice- presidente, Hamilton Mourão. E deles com o setor de melhor desempenho empresarial no país e com o Congresso, a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, filiada ao DEM.

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