Bolsonaro socou a democracia, os fardados afagaram a
imprensa. O crime de incitação à ordem constitucional caiu ao segundo plano.
O Ministério da Defesa, voz oficial das Forças Armadas,
repudiou o ataque de bolsonaristas a jornalistas no último domingo, em
Brasília, ao mesmo tempo em que endossou o ataque do mandatário ao judiciário
em nome da independência entre os poderes.
Se o ministro do STF Alexandre de Moraes extrapolou na
função de coibir a nomeação imoral de Ramagem para a Direção-Geral da Polícia
Federal, a cotovelada de Fernando Azevedo e Silva, da Defesa, em consonância com
o vice- presidente Mourão, abriu espaço para a manipulação das investigações
contra os filhos do presidente, segundo acusa o ex-ministro Moro.
Ramagem não
assumiu, mas indicou o nomeado Rolando de Souza.
Os tempos absurdos que vivemos nos trazem agora um partido
verde-oliva alinhado ao Centrão.
Aos fatos: o ex-todo-poderoso articulador do
baixo clero, Eduardo Cunha, deixa o isolamento prisional devido ao risco
Covid-19; Roberto Jefferson e Valdemar Costa Neto se alinham ao Planalto; Moro
demite-se e a troca do comando da PF no Rio é o primeiro ato do novo
Diretor-Geral. Na porteira aberta das nomeações de aliados, os militares já
ocupam a Saúde e fazem planos para a economia.
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