A operação de busca e apreensão em imóveis do ex-senador José Serra ( PSDB-SP) realizada pela força-tarefa da Lava-Jato paulista baseou-se em depoimentos de um dos principais envolvidos no esquema de propinas do cartel, Paulo Souza.
Ex- diretor da Dersa, empresa do estado responsável pelas obras, Paulo Preto, como é conhecido, foi condenado em março do ano passado a 145 anos de prisão por participar como operador da arrecadação, mas a sentença foi anulada em dezembro pelo STJ ( Superior Tribunal de Justiça).
Acusação de corrupção do senador José Serra prescreveu
Os supostos crimes de peculato do então governador José Serra, entre 2007 e 2010, prescreveram, restando a lavagem de dinheiro. Antes tarde, pelas leis, é quase nunca, mesmo que seja possível, em caso de condenação, ressarcir integralmente os cofres públicos.
As suspeitas sobre desvios de recursos e superfaturamento das obras do rodoanel foram levantadas há cerca de 10 anos. As investigações que levaram à denúncia, há 6 anos, no furor da Lava-Jato.
O caso não avançou sobre os caciques tucanos na época em que promotores e policiais tiveram a liberdade de mirar apenas na incriminação do PT. Volta-se agora para Serra e a filha Verônica, quando a PF e o MP estão sob pressão do governo federal, e este, em conflito aberto com o PSDB do governador paulista João Doria e do suplente do senador Flavio Bolsonaro ( Republicanos- RJ), Paulo Marinho.
PSDB e o "Esquema da Rachadinha"
Marinho, ex-apoiador do Presidente da República, denunciou o vazamento da investigação do " Esquema da Rachadinha", que resultou na prisão do ex- assessor da família Bolsonaro, Fabrício Queiroz.
O tempo e as circunstâncias põem a lisura das forças de
combate à corrupção numa sinuca de bico para jogador profissional.
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