Prerrogativas esquece convite a Dilma Rousseff para encontro de lançamento da frente ampla pela democracia.
Alckmin e Lula: Concertação à brasileira Foto: divulgação |
Dilma Rousseff não foi convidada para o encontro de lideranças políticas organizada pelo grupo Prerrogativas visando uma grande frente na disputa eleitoral para a presidência da República em 2022. A informação, confirmada pela ex-presidente, é da repórter Malu Gaspar, d’OGlobo.
O jantar, organizado pelo grupo Prerrogativas, formado por
advogados e juristas em defesa da legalidade e da democracia, aconteceu no
último domingo, em um restaurante de São Paulo. Participaram cerca de 500
pessoas, entre lideranças parlamentares e de partidos que não apoiam o
presidente Bolsonaro.
A concertação é um avanço na política nacional porque traz a
esperança da distensão ao ambiente intolerante e maniqueísta em que mergulhou o
país nos últimos anos. Deve ter o apoio irrestrito dos que prezam pela
democracia e se preocupam com as ameaças à justiça social. Em nome destas
premissas é que não se pode relevar o lapso em relação à Dilma.
Reconciliação entre vítimas e algozes do impeachment alijou Dilma
Carvalho, pres. do Prerrogativas |
Marta Suplicy (MDB-SP) então senadora pelo PT em 2016, que
votou pelo impeachment de Dilma, teve lugar à mesa do provável candidato da
frente, Lula.
Os presidentes do MDB, deputado Baleia Rossi (SP) e do PSD,
Gilberto Kassab, siglas cujas atuações foram determinantes para a cassação quer
resultou na posse do então vice, Michel Temer, foram convidados diretamente
pela organização do evento.
Segundo apuração de Gaspar, os organizadores alegaram falha
do incumbido do convite a Dilma, deputado Rui Falcão (PT- SP), que negou. O
ex-ministro da Justiça da presidente, Eduardo Cardoso, assumiu depois a
negligência.
“Esquecer” Dilma é golpe duro às premissas do Prerrogativas
Dilma foi a primeira grande vítima dos desmandos da força-tarefa
da operação Lava-Jato, responsável pela instabilidade institucional que levou
ao impeachment e impediu a candidatura de Lula em 2018, influenciando no
resultado das eleições presidenciais.
Dilma, a escanteada Foto:PT |
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