INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL ORIENTOU MASSACRE DE MULHERES E CRIANÇAS EM GAZA



Faixa de Gaza: frieza de IA massacrou inocentes (Foto: Pixabay)


A morte de milhares de civis nos ataques de Israel a Palestina foi definida por inteligência de artificial. O sistema chamado “Lavender” determinou até 37 mil alvos baseados em dados que identificavam homens com qualquer nível de ligação com o Hamas. 
 Concomitantemente com o software, um programa de rastreamento definiu o momento do ataque: quando os alvos estavam em casa, junto da família. O comando israelense poderia ter calibrado o sistema para alvos relevantes, mas optou pela seleção generalizada. As informações são do site +972 Magazine, publicação independente de jornalistas palestinos e israelenses.

"LAVENDER"  MIROU CIVIS À NOITE


 Segundo investigação do repórter Yuval Abraham, ligado ao Local Call, grupo parceiro do +972 Magazine. O exército israelense autorizou o uso das listas de assassinatos de “Lavender” sem a necessidade de avaliar o critério de escolha da máquina nem de examinar os dados de inteligência nos quais se baseou. 
 Os ataques foram sistematicamente aos indivíduos visados enquanto estavam nas suas casas, geralmente à noite, junto de suas famílias, não durante a atividade militar. Segundo as fontes ouvidas por Abraham, porque, do ponto de vista da inteligência, a localização era mais fácil.

Capa do +972 Magazine (reprodução)

 Quando a lista de alvos tinha apenas algumas dezenas de agentes sêniores, o pessoal de inteligência podia lidar individualmente com o trabalho. No entanto, com a lista expandida em dezenas de milhares de agentes de baixo escalão, o exército israelense imaginou que tinha que confiar em software automatizado e inteligência artificial. 

 O resultado, diz a reportagem, foi que o papel do humano em discriminar os palestinos como agentes militares foi deixado de lado, e a IA fez a maior parte do trabalho. 

 SEGUNDO RELATARAM AS FONTES,“UMA VEZ QUE VOCÊ VAI AUTOMÁTICO A GERAÇÃO DE ALVO FICA LOUCA». 

 COMO FUNCIONA O “LAVENDER” 


 A apuração de Abraham descreve no software "Lavender" a capacidade de analisar informações coletadas sobre a maioria dos 2,3 milhões de moradores da Faixa de Gaza por meio de um sistema de vigilância em massa. 

 O sistema avalia e classifica a probabilidade de que cada pessoa em particular esteja ativa na ala militar do Hamas ou do grupo Jihad Islâmica Palestina. A máquina daria a quase todas as pessoas em Gaza uma classificação de 1 a 100 quanto a probabilidade de serem militantes. 

A investigação mostrou ainda o uso de outro software, chamado "Evangelho", que localizaria de onde os militantes do Hamas faziam os ataques. Havia tecnologia, portanto, para poupar as vidas de mulheres e crianças dos bombardeios. Para um dos militares israelenses entrevistados , o plano pareceu elaborado como vingança.  

ISRAEL NEGA ATAQUE COM IA


Ao jornal inglês The Guardian, que republicou a reportagem da +972 Magazine, Israel negou o uso de IA na operação como descrita na investigação. 
 "As FDI ( Forças de Defesa de Israel) não usam um sistema de inteligência artificial que identifique agentes terroristas ou tente prever se uma pessoa é terrorista. Os sistemas de informação são apenas ferramentas para os analistas no processo de identificação de alvos. De acordo com as diretivas das FDI, os analistas devem realizar exames independentes, nos quais verificam se as metas identificadas atendem às definições relevantes de acordo com o direito internacional e restrições adicionais estipuladas nas diretivas das FDI.
O “sistema” a que as suas questões se referem não é um sistema, mas simplesmente uma base de dados cujo objetivo é fazer referência cruzada a fontes de informação, a fim de produzir camadas atualizadas de informações sobre os agentes militares de organizações terroristas. Esta não é uma lista de agentes militares confirmados elegíveis para atacar."
( A íntegra da resposta está disponível no site do Guardian)
 A reportagem completa  da + 972 Magazine pode ser lida no link +972 Magazine.










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