Diplomata brasileiro chama sobretaxa de tentativa de intervenção defende união de economias em desenvolvimento contra medidas unilaterais
(Foto:Tom Fisk/Pexels) |
Em reunião do Conselho Geral da Organização Mundial do Comércio - OMC-, realizada em Genebra entre os dias 22 e 23 de julho, o embaixador Philip Fox-Drummond Gough, representando o governo brasileiro, fez duras críticas ao uso de medidas comerciais unilaterais como ferramenta de interferência em assuntos internos de outros países.
Durante seu discurso, o diplomata alertou para um “ataque sem precedentes” ao Sistema Multilateral de Comércio, destacando que tarifas arbitrárias estão interrompendo cadeias de valor globais e ameaçando lançar a economia mundial em uma espiral de estagnação e altos preços.
As declarações ocorrem em um contexto de tensões comerciais recentes, especialmente após anúncios do presidente norte-americano Donald Trump sobre aumento tarifário para produtos brasileiros, associando a medida a supostas desvantagens comerciais e investigações contra o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Fox-Drummond Gough enfatizou que tais medidas representam "violação flagrante" dos princípios fundamentais da OMC e defendeu que as economias em desenvolvimento devem se unir para proteger o sistema multilateral de comércio.
O diplomata reforçou o compromisso brasileiro de priorizar soluções negociadas e relações diplomáticas equilibradas, mas ressaltou que, caso as negociações fracassem, o país utilizará todos os meios legais disponíveis para defender sua economia.
A posição brasileira destaca a necessidade de uma reforma estrutural no sistema de comércio internacional, buscando preservar a estabilidade e promover o desenvolvimento sustentável das nações.
(com informações da Agência Brasil)
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