Secretário responsável pela segurança falha no DF no 8 de janeiro declarara ida aos EUA com passagem comprada em novembro. O bilhete exibido é falso.
Torres: passagem falsa para Orlando (Joédson Alves/Ag. Brasil) |
A Procuradoria-Geral da República -PGR - afirmou nas alegações finais ao STF que Anderson Torres falsificou passagem para justificar ausência em 8 de janeiro.
O ex-ministro da Justiça de Bolsonaro ocupava o posto de secretário de Segurança do DF. Quando ocorreram as invasões aos poderes, ele estava em Orlando.
Em sua defesa, alegou ter viajado um dia antes da manifestação com passagem comprada em novembro, cuja cópia digital foi juntado na defesa.
A passagem, de acordo com os autos, é falsa.
Torres é do Núcleo Crucial, o comando da trama golpista, ao lado de sete integrantes, inclusive o ex-presidente.
Segundo o delator da trama, o tenente-coronel Mauro Cid, ele manipulou a minuta do golpe sob a orientação direta do ex-presidente. O documento pretendia dar aparência de legalidade à intervenção planejada.
Paulo Gonet, Procurador-Geral, pede que Bolsonaro e os demais réus sejam condenados pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado, cujas penas máximas superam os 30 anos de prisão.
Veja quem são os integrantes do Núcleo Crucial no Ponto Incomum
Mauro Cid, delator e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, deve se beneficiar como delator da trama. A PGR, no entanto, defende que ele vacilou em alguns momentos e tentou esconder informações. Os benefícios podem ser reduzidos de dois para um terço da pena menor que a determinada pela Primeira Turma.
Cid deve apresentar suas alegações finais nos próximos quinze dias. Depois dele, os outros réus do Núcleo Crucial. A decisão do STF sobre o Núcleo Crucial está prevista para setembro.
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