Enfim, som século XXI



Atmosfera de Hermeto Pascoal, pretensão erudita de Pink Floyd, arrogância de Led Zeppelin. O norte-americano Battles é a lufada nova na mesmice do pop, do rock e da eletrônica. Com a introversão concentrada dos jazzistas - o líder e alquimista, Tyondai Braxton, é filho do compositor jazzista Anthony Braxton – cria meta-música no universo da sonoridade digital, no sentido de que faz uso das máquinas, não se faz refém delas. A banda doma a impessoalidade do som eletrônico, o tira de seu nível sensorial e o subjuga à ação humana de vozes e instrumentos – como instrumentos, entenda-se também qualquer objeto capaz de produzir som - executados respeitosamente.
Notas e acordes experimentalmente arranjados de tão bem trabalhados soam simples como o mais reles pop dançante. Porém, com a rascância típica do rock.
Aí, o clip de "Atlas", do primeiro disco da banda, Mirrored, lançado recentemente. Repare na falta de qualquer afetação ou fantasia dos músicos.

Músicos, são músicos. Ou acha que distorcer a voz no pedal da guitarra e manter a afinação é coisa pr'amador?

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1 Comentários

  1. Anônimo3:58 PM

    gostaria de lhe dar um abraço e cumprimenta-lo neste instante, mas como é impossivel ainda, limito apenas a comentar o som, que é de boa qualidade sim, mas o título esta soando mal (enfim, som do sec XXI), desde 79 quando ouvia-mos Fagner, Ze Ramalho, Vandré, Sivuca, Rosinha de Valença e etc..., já tinhamos o som de todos os séculos. Um forte abraço de quem nunca te esquece Hideraldo Luis Gravina. Por favor me passe um email com seu endereço. Tenho saudades. Meu endereço e hlgravina@yahoo.com.br

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