Meio ambiente
A lama separada da água para abastecimento da cidade de
Governador Valadares está novamente sendo jogada no Rio Doce.
O material aumenta a toxidade da água e
provoca assoreamento.
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Lama na estação de tratamento Foto:Paulo Maciel |
O rejeito é uma pasta composta de lama, areia fina e minério de ferro, vazados no estouro da barragem em Bento Rodrigues, além de lodo, das substâncias usadas no tratamento e polímero de acácia negra, material utilizado para retirar a turbidez da água. Segundo moradores, a água nas torneiras tem odor forte e gosto acentuado de cloro.
O ministério Público de Minas Gerais recomendou que o SAAE não despeje o resíduo resultante do tratamento
em qualquer dos rios da região nem in natura em qualquer local a céu aberto,
mas que dê a ele destinação final ambientalmente adequada. O MP mineiro
recomenda ainda que a Samarco, mineradora dona da barragem rompida, custeie
toda a operação de retirada e também se responsabilize pela destinação adequada
do resíduo. As empresas têm dez dias para se manifestar sobre a recomendação,
sob penas de multa e prisão entre um e três anos de seus diretores.