Lama retirada volta ao Rio Doce

Meio ambiente

A lama separada da água para abastecimento da cidade de Governador Valadares está novamente sendo jogada no Rio Doce.  
O material aumenta a toxidade da água e provoca assoreamento.


Lama na estação de tratamento                 Foto:Paulo Maciel
De acordo com o SAAE- a responsável  pelo tratamento da água na cidade de quase 280 mil habitantes – a lama é diluída em água tratada e retorna ao rio.

O rejeito é uma pasta composta de lama, areia fina e minério de ferro, vazados no estouro da barragem em Bento Rodrigues, além de lodo, das substâncias usadas no tratamento e polímero de acácia negra, material utilizado para retirar a turbidez da água. Segundo moradores, a água nas torneiras tem odor forte e gosto acentuado de cloro.


O ministério Público de Minas Gerais recomendou que o SAAE  não despeje o resíduo resultante do tratamento em qualquer dos rios da região nem in natura em qualquer local a céu aberto, mas que dê a ele destinação final ambientalmente adequada. O MP mineiro recomenda ainda que a Samarco, mineradora dona da barragem rompida, custeie toda a operação de retirada e também se responsabilize pela destinação adequada do resíduo. As empresas têm dez dias para se manifestar sobre a recomendação, sob penas de multa e prisão entre um e três anos de seus diretores.