O ministro
do Supremo Tribunal Federal Edson Fachin tem a obrigação de divulgar
imediatamente as gravações anunciadas pelo jornalista Lauro Jardim e esclarecer
a sociedade sobre a denúncia da JBS.
O país não
pode nem tem como continuar sangrando aos borbotões. Basta de criminosos delatarem corruptos e a
negação explicitamente protelatória de acusados.
Da
cabeleireira da esquina ao fabricante de máquinas pesadas, os que ainda
conseguem se manter em atividade produtiva não sabem se encomendam insumos,
cortam ou aumentam a produção e funcionários, quanto pagarão de impostos este
ano.
São 14
milhões de desempregados e pelos menos 10 milhões de desalentados ou
subempregados. Chegamos ao ridículo de não saber quais as bases de contratos de
trabalho, nem quando, como e de quanto será a aposentadoria.
Ao mercado
financeiro não resta mais além da especulação de curtíssimo prazo e manter um
pé fora do país.
O Governo
que já cambaleava com 91% de rejeição da população alcançou a proeza de desagradar
tanto apoiadores quanto contrários às reformas, tamanha a barganha para aprová-las. Temer parece movido por narcisismo.
É como um
absolutista que se comporta o Presidente quando afirma que não renunciará.
Cercado de acusados e alvejado por flagrantes de seu maior aliado, Aécio
Neves, é incapaz de perceber que a nação
não o quer no Planalto. O STF não pode ser copartícipe desta insanidade.
O Congresso
deve superar suas diferenças e decidir com rapidez por uma solução. Ou a
escolha por eleição indireta dos parlamentares, ou aprovação de emenda
constitucional que possibilite eleição direta. Cientes de suas condições de
suspeitos, os presidentes da Câmara e do Senado devem abrir mão de substituir
Temer e permitir que a presidente do STF conduza o processo.
Contar com o
tempo agora só nos faz mal. A permanência de Temer na Presidência levará ao
rompimento institucional.