Valdir Joaquim de Moraes era de uma afabilidade pouco comum
a treinadores. Aliás, ele era incomum. Fez história no Palmeiras sob a pressão
de substituir um dos ídolos eternos do clube paulista, o goleiro Oberdan
Catani.
Não bastasse, o primeiro título paulista, em 1959, foi
derrotando o Santos de Pelé, Coutinho e Pepe. Venceu também os paulistas de
1963 e 1966, os campeonatos brasileiros de 1960 e 1967 (2) e um torneio Rio-
São Paulo, em 1965.
Ao aposentar a camisa 1, se manteve em campo com a então
inédita função de preparador de goleiros, criando uma escola de referência na
posição no clube alviverde.
Valdir de Moraes acompanhou o técnico Vanderlei Luxemburgo,
recentemente de volta ao clube, no treinamento das quase imbatíveis equipes da
chamada era Parlamat, nos meados dos anos de 1990. Foi preparador ainda do São Paulo, São Bento,
Corínthians e da seleção brasileira.
Aos 88 anos de idade, esteve internado por diversas vezes em decorrência de debilidades causadas por um AVC. A
última, desde o dia 7 de Janeiro, no Hospital Moinhos de Vento, em Porto
Alegre, cidade onde nasceu em 1931.
O contador de casos capaz de formar em torno de si uma roda
de jornalistas ouvintes teria sofrido falência múltipla de órgãos, segundo nota
do hospital.
Foi uma grande escola de futebol brasileiro que fechou.
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