Copa do Mundo de Clubes exibe fut-ebó

Atletas de alta qualidade em esquemas instigantes marcam início da nova fase do torneio

 
Thiago Silva (reprodução/Fifa.com)

Não há lugar melhor de ver o significado de globalização do que o campo de futebol, onde negro retinto alemão reclama de racismo de um latino a árbitro europeu. Vinte anos atrás não se pensava que algo assim ocorreria.

O mais interessante, porém, é ver no que pode dar a diversidade. O Al Hilal, conseguiu juntar a disposição dos árabes com a força dos africanos, a disciplina tática europeia e, aí não é continental, o oportunismo dos atacantes brasileiros.

Aliás, o que falta de goleador nativo no Brasileirão, sobra no estrangeiro.

Contra a mescla latina de expoentes sul-americanos do Fluminense, porém, há que se atentar para o desafio do século 21, ou, o que querem e o que podem os mais velhos na competição de alto nível.

As referências do time são o goleiro Fábio, 44 anos, o zagueiro Thiago Silva, 40, e o artilheiro Germán Cano, de 37. É raro ver um grupo com tantos veteranos surpreender adversários como tem feito o tricolor neste mundial, e segurando, às vezes na raça, a partida até o final.

Quando o corpo acusa, a equipe tem tirado da solidariedade e da mente fôlego para equiparar-se a times mais jovens. A longeva vivência de Renato Gaúcho nos gramados, atacante aos 38 anos, parece ser a chave para os atletas e o técnico se entenderem tão bem quanto a necessidade de se adaptarem a soluções táticas e técnicas específicas para cada oponente.

Pela maneira com que estes clubes têm se apresentado, a partida promete ser um ebó.

Palmeiras X Chelsea

Como dissemos, o goleador ausente no Palmeiras está no Chelsea, e foi formado no Fluminense! João Pedro, 23, que já atuava na Inglaterra, é recém-contratado, se juntou ao grupo para esta Copa.

Italiano como o Inzaghi do Al Hilal, o treinador Enzo Maresca tem um time forte, rico e, sobretudo, bem postado na defesa. Ele faz do contra-ataque rápido a previsível proposta de jogo. Tal e qual Abel Ferreira.

O confronto, pela semelhança entre os técnicos, tende a ser disputado, pegado, com resultado definido por um erro ou um lance de sorte. O Palmeiras tem bons jogadores, mas Paulinho, que tem desequilibrado, não deve suportar mais que os 30 minutos que tem jogado.

O Chelsea tem João Pedro. Caso estreie, ainda que no segundo tempo, pode mudar toda a crônica prenunciada.

A sexta está uma oferenda, aproveitemos todos.

( De Ponto Incomum)

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